sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O combinado era não sentir "aquilo"!

Ao se deitar, ela pensa várias vezes o que seria tudo aquilo. Tinham lhe contado uma vez que geralmente acontecia com as pessoas, mas que com algum golpe de sorte ela nunca passaria por aquilo.

Rezou algumas novenas, fez promessa na igreja que visitou em uma viagem quando adolescente, e pediu sinceramente que não queria sentir aquilo por alguém, e se acontecesse que o sentimento fosse no mínimo reciproco.

Porém aquela noite ela pensou várias vezes, ele não era o cara mais bonito, também não tinha o carro do ano, e não mandou flores pra ela, no primeiro encontro.

Mesmo assim, todos os sintomas indicavam que era mesmo aquilo, mãos geladas, náusea no estomago, coração que palpitava cada que ele lhe tocava.

Parecia que tudo conspirada ao favor dele.

Não era nenhum Lord da alta sociedade, tinha gostos um tanto quanto duvidoso, porém, nas situações mais complicadas, ele conseguia agir com uma gentileza, quase imbatível.

Pensou nos defeitos, devia ter algum que pudesse retardar aquilo que estava acontecendo, então se lembrou do cheiro, daquela bunda, e de como ele conseguia envolve-la sem muita dificuldade.

Nesse momento sentiu saudade, e se deparou com fato de que tudo o que sentia era inevitável.

E pensou por um momento como se fosse uma explicação cientifica porque nos apaixonamos, lembrou então de todas aquelas coisas que ouvia sobre seleção natural para a perpetuação da espécie.

Achou aquilo, mesmo que comprovado um tanto quanto absurdo, pensou naquelas coisas que diziam sobre as admirações que sentimos por alguém, até achou que a teoria teria algum sentindo.

Entretanto, pensou melhor, e ficou com a resposta da professora Rose no filme o Espelho tem duas faces.

Quando indagou várias vezes para os alunos, porque nós apaixonamos, e ninguém lhe deu uma resposta satisfatória, ela mesmo respondeu “Porque é bom demais”.

Lorelai

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